TECNOLOGIAS ASSISTIVAS -TA

 

Por: Ana Maria Nunes de Sousa

Voluntária do Programa de Educação Tutorial – PET Pedagogia/UFBA                                  

Licenciando em Pedagogia (UFBA) – 7º semestre

 

 

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS -TA

 

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As tecnologias invadiram a educação na intenção de colaborar para a ampliação e construção de novos conhecimentos, capacidades, desenvolvimento das mais variadas habilidades no que se refere ao aspecto cognitivo, social e perceptivo motor de cada cidadão. Assim, no mundo contemporâneo pós-moderno, o uso das tecnologias assistivas tornou-se uma ferramenta que favorece a aprendizagem não se restringindo apenas aos recursos em sala de aula, mas por toda a escola, levando acesso e participação não somente aos instrutores/professores como principalmente aos alunos durante todo seu processo de aprendizado.

      Conforme entendimento do Comitê de Ajudas Técnicas, temos como:

Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2008 p.09).

      Para o educador que trabalha na área da Educação Especial com o Atendimento Educacional Especializado – AEE, existe uma grande preocupação em preparar os jovens principalmente na inclusão destes comNecessidades Educacionais Especiais – NEE, nas escolas regulares e também para o mercado de trabalho. Torna-se um desafio para este educador dentro das possibilidades inerentes a cada jovem  acompanha-los na inserção das novas tecnologias, que se fazem presentes na educação e no seu dia a dia contribuindo para sua interação social e sua aprendizagem.

      O Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004, em seu capítulo III das Condições Gerais da Acessibilidade, no seu art. 8º, para os fins de acessibilidade, considera em seu item:

V – ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida (BRASIL, 2004 p.03).

      Estes recursos influenciam de forma essencial no processo de aprendizagem de todo e qualquer cidadão, principalmente aqueles com limitações de qualquer natureza. A criação das mais variadas técnicas de acessibilidade é de fundamental importância para que se consiga amenizar as barreiras causadas pela deficiência, além de se tentar minorar os preconceitos pelos quais estes sujeitos encontram-se expostos.

      Alguns educadores geralmente confundem a Tecnologia Educacional com a Tecnologia Assistiva, Bersch (2013) nos esclarece em seus estudos, de maneira significativa, esta diferença:

Quando então a tecnologia pode ser considerada Assistiva no contexto educacional? Quando ela é utilizada por um aluno com deficiência e tem por objetivo romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que limitam/impedem seu acesso às informações ou limitam/impedem o registro e expressão sobre os conhecimentos adquiridos por ele; quando favorecem seu acesso e participação ativa e autônoma em projetos pedagógicos; quando possibilitam a manipulação de objetos de estudos; quando percebemos que sem este recurso tecnológico a participação ativa do aluno no desafio de aprendizagem seria restrito ou inexistente. São exemplos de TA no contexto educacional os mouse s diferenciados, teclados virtuais com varreduras e acionadores, softwares de comunicação alternativa, leitores de texto, textos ampliados, textos em Braille, textos com símbolos, mobiliário acessível, recursos de mobilidade pessoal etc. (BERSCH, 2013, p.12).

      Assim, concluímos que a Tecnologia Assistiva deverá ser desenvolvida não apenas nas instituições educacionais mas também em todos os espaços onde encontramos pessoas com deficiências. Todo este trabalho tecnológico deverá ser direcionado aos seus  usuários tendo como foco o conhecimento de suas necessidades pessoais e identificação de suas habilidades, através de uma triagem prévia. A partir do momento que estas pessoas passam a interagir e aprender através das novas tecnologias, melhoram consideravelmente suas relações sociais e pessoais, conquistando respeito e aumentando sua auto-estima.

 

Referências:

BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Porto Alegre- RS, 2013.  Disponível em:< http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf >. Acesso em: 13 out 15.

BRASIL. Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro 2004Regulamenta as Leis nos 10.048, de 08 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2004.

______. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009.

 

​*Data original da publicação: 13 de outubro de 2015 .

 

Ano: 
2015